TY - JOUR T1 - As marcas da violência por arma de fogo em face JO - Brazilian Journal of Otorhinolaryngology T2 - AU - Maia,Adriane Batista Pires AU - Assis,Simone Gonçalves AU - Ribeiro,Fernanda Mendes Lages AU - Pinto,Liana Wernersbach SN - 25300539 M3 - 10.1016/j.bjorlp.2019.07.003 DO - 10.1016/j.bjorlp.2019.07.003 UR - http://www.bjorl.org.br/pt-as-marcas-da-violencia-por-articulo-S2530053921000043 AB - IntroduçãoEste artigo aborda a ocorrência de agravos à saúde em virtude de ferimentos na face por arma de fogo, entre os policiais militares, na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, operados pela Clínica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Central da Polícia Militar. ObjetivoIdentificar o perfil dos pacientes operados em decorrência de ferimentos na face por arma de fogo, a distribuição anatômica das fraturas maxilofaciais, as sequelas e complicações encontradas, as especialidades em saúde envolvidas na reabilitação desses pacientes, além de discutir sobre as repercussões sociais, emocionais e relativas ao desempenho do trabalho entre esses sujeitos. MétodoFoi feito um estudo epidemiológico retrospectivo a partir de dados secundários referentes aos policiais militares operados no Hospital Central da Polícia Militar em decorrência de ferimentos por arma de fogo em face, de junho de 2003 a dezembro de 2017. ResultadoDurante o período estudado foram feitas 778 cirurgias em centro cirúrgico pelo serviço de Clínica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial no Hospital Central da Polícia Militar, 186 em decorrência de ferimentos por arma de fogo (23,9%). Todos os pacientes eram do sexo masculino e com média de 34,7 anos. A perda de segmento ósseo foi a sequela mais encontrada. O comprometimento estético facial e os relatos de insônia foram as repercussões tardias de impacto na saúde e no convívio social mais encontradas. Sobre as repercussões laborais do ferimento sofrido, o tempo médio de afastamento por licença de saúde para tratamento dos ferimentos maxilofaciais foi de 11,7 meses. ConclusãoO tratamento de pacientes vítimas de ferimentos por arma de fogo em face demanda múltiplas intervenções cirúrgicas e o envolvimento de diferentes especialidades da saúde para sua reabilitação. São necessários mais estudos que analisem qualitativamente o impacto desse tipo de traumatismo em face para a vida dos pacientes e seus desdobramentos sociais. ER -