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Vol. 81. Núm. 6.
Páginas 687 (Dezembro 2015)
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Satvinder Singh Bakshia
a Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Mahatma Gandhi Medical College and Research Institute, Pillaiyarkuppam, Índia
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Caro Editor,

Estou lhe escrevendo em referência a um artigo bastante interessante intitulado “Derivação de uma regra de decisão clínica para predição do desenvolvimento de fístula faringocutânea pós laringectomia”, de Cecatto SB et al.,1 publicado em sua respeitada revista. O artigo está bem escrito, no entanto existem alguns fatores adicionais na etiologia da fístula faringocutânea que os autores não analisaram e que poderiam afetar o resultado, os quais eu gostaria de destacar através de seu prestigiado jornal.

A etiologia da fístula faringocutânea é multifatorial, o que tem sido demonstrado através de múltiplos estudos2 e revisões.3 Existem alguns fatores mais significativos e mais amplamente comprovados na etiologia da fístula faringocutânea que não foram analisados neste estudo, como a transfusão de sangue intra-operatória,3 duração cirúrgica3 e presença de hipotireoidismo.4 A inclusão desses fatores poderia mudar a análise multivariada e, consequentemente a conclusão.

O estudo é bastante original e o desenvolvimento da regra de decisão clínica para a fístula faringocutânea é bastante louvável. Mas existe uma preocupação sobre a amostragem dos pacientes, por exemplo, o número de pacientes que receberam quimioradioterapia (QRT) pré-operatória foi de apenas 15 (8,8%), o que é muito pouco para se chegar a uma conclusão, já que a QRT tem demonstrado ser um dos fatores mais significativos no desenvolvimento de fistula faringocutânea.3,4 O estudo também incluiu alguns pacientes com a doença na fase I que foram submetidos à laringectomia. Essa não é a diretriz adotada atualmente e, portanto, esses pacientes poderiam ter sido excluídos.

A estratificação de pacientes em grupos de risco é uma boa ideia para o uso econômico dos recursos, mas se estudarmos a estratificação com cuidado, a sensibilidade para grupos de alto risco é de apenas 48%, o que é baixa para uma complicação tão importante, e isso lança dúvidas sobre sua aplicação clínica.

Conflitos de interesse

O autor declara não haver conflitos de interesse.


DOI se refere ao artigo: http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2015.08.002

E-mail: saty.bakshi@gmail.com

Como citar este artigo: Bakshi SS. Letter to the Editor. Braz J Otorhinolaryngol. 2015;81:687.

Bibliografia
[1]
Derivation of a clinical decision rule for predictive factors for the development of pharyngocutaneous fistula postlaryngectomy. Braz J Otorhinolaryngol. 2015;81:394-401, http://dx. doi.org/ 10.1016/j.bjorl.2014.09.009.
[2]
Pharyngocutaneous fistula following total laryngectomy. Braz J Otorhinolaryngol. 2012;78:94-8.
[3]
Predictive factors for the postlaryngectomy pharyngocutaneous fistula development: systematic review. Braz J Otorhinolaryngol. 2014;80:167-77.
[4]
Assessment and incidence of salivary leak following laryngectomy. Laryngoscope. 2012;122:1796-9, http:// dx.doi. org/10.1002/lary.23443.
Idiomas
Brazilian Journal of Otorhinolaryngology
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